Eu gosto muito do meu nome. “Gunnar” significa “guerreiro”, tem uma boa sonoridade e, por ser incomum, é marcante. Mas um dia, na porta da igreja, minha mãe se despediu de mim dizendo “tchau, Weslley” e eu acabei recebendo alguns olhares confusos. Pois é, meu nome é Weslley Gunnar dos Santos.
Também gosto deste meu primeiro nome. É popular, é bonito e forte também. É como me apresento nos lugares, nos cursos etc. Definitivamente, eu sou tão Weslley quanto Gunnar.
“Weslley” significa “que veio do Oeste” e olha que legal: eu me criei em São Paulo, mas nasci em São Roque, à Oeste.
Agora, repare que a expressão “que veio” pressupõe que há um momento presente como referência. O que veio do Oeste lá estava, mas hoje está aqui. E a minha situação (o meu hoje) é uma nova página.
É que desde que me formei, em 2020, só trabalhei em projetos relacionados a marketing. Até hoje sou redator SEO com foco em inbound. Mas o meu momento presente é o Jornalismo Esportivo. Optei por seguir este caminho em 2025, mas como moro na região Oeste da Grande São Paulo desde 2019, não importa para quais caminhos o jornalismo esportivo me leve. Eu sempre terei vindo do Oeste.
Muito bem...
Algumas decisões se desdobram em busca por conhecimento e capacitação. Em julho de 2025, fiz uma especialização em Jornalismo no Futebol pelo Futebol Interativo. O conteúdo teórico foi fantástico devido aos nomes dos professores. Estou falando de Mauro Beting, Rodrigo Vessoni, Leonardo Bertozzi, Lucas Pedrosa, Marco Aurélio Souza e Eduardo Affonso. Mas o que me chamou a atenção foi a experiência prática que viria em seguida.
Na prática, essa experiência é um estágio. Só não é assim chamada por não se enquadrar na Lei do Estágio. Tal prática seria realizada em um clube de futebol parceiro do Futebol Interativo.
Eu cresci os olhos nisso. Eu estaria envolvido em um clube, aprendendo na prática, no dia a dia. Encerradas as aulas teóricas, chegou a hora de escolher o time dentre os disponíveis.
Minha escolha considerou a logística. Era impossível passar 15 dias em Novo Horizonte, então a Portuguesa parecia a escolha certa. Mas... o clube não estava com a agenda aberta.
Então, me restou olhar para a terceira opção: o Oeste Futebol Clube... Aí você já sabe onde quero chegar com esse texto, né?
Entre 21 de julho e 05 de agosto, acompanhei os trabalhos da Comunicação diretamente do CT, ao lado da assessora de imprensa e social media do clube. Fotografamos treinos, organizamos as publicações no Instagram, fizemos as artes de jogos e escalações e cobrimos jogos.
Viver o dia a dia de um time é uma experiência ímpar. O contato com os jogadores, com o roupeiro, com os cozinheiros, com a comissão técnica e com os demais envolvidos é uma experiência que jamais vou esquecer.
Jornalisticamente falando, minhas atividades durante esses 15 dias foram de assessoria e de social media, mas pude sentir como é ser um setorista. Antes, eu acreditava ser possível um comunicador trabalhar em um clube rival do time do seu coração, mas agora sei que isso é impossível.
É impossível e inviável não porque o trabalho será afetado pela paixão do jornalista, mas justamente pelo contrário: o coração começa a balançar! É muito difícil estar ali, todo dia, vendo o trabalho do treinador, dos auxiliares, do preparador físico, do treinador de goleiro e dos próprios atletas e não começar a torcer por eles.
Ali, conversando com essas pessoas, eu senti vontade que o Oeste estivesse na série A1 do Paulistão, assim como nas séries C ou B do Brasileiro. Mas, infelizmente, o clube passa por um momento difícil.
Bom, daqui pra frente, o nome “Weslley” terá um significado ainda mais forte. Eu tenho planos para minha carreira, mas o destino fará sua parte e será responsável por realizar ou alterar meu caminho. Mas o que agora está salvaguardado no passado é que, independente de para onde os ventos me levem, eu sou Weslley. Eu vim do Oeste.